Igor Damo
No quarto domingo de agosto reza-se a vocação dos ministérios leigos. Na concepção de que a Igreja é povo de Deus em missão, o momento é para dar graças pelo dom do serviço concedido por Ele às crianças, jovens, mulheres e homens. Com alegria, festejar pelo significativo número de discípulos missionários que estão incorporados a Cristo, desde o batismo, realizando diversos serviços na Igreja e no mundo, como anunciadores do evangelho.
Na diocese de Chapecó/SC são mais de 50 mil lideranças envolvidas nas pastorais, presentes nos conselhos das comunidades, na catequese, na liturgia e entre outros. Além destas, sabe-se da existência dos que fazem seu trabalho missionário no anonimato ajudando, animando, participando, comungando, partilhando, rezando, embelezando, cuidando, testemunhando, lutando em prol da vida da Igreja e da vontade de Deus.
As pessoas vocacionadas para os vários ministérios e serviços na comunidade, são portadoras do dom da fé. A realidade confirma que elas têm a marca da humildade, carregam o desafio missionário de agir na Igreja segundo as necessidades locais, testemunhando Jesus Cristo e os valores do Reino.
É de reconhecer, porém, que para se tornar discípulos missionários de Jesus, como cristãos, os leigos freqüentam assiduamente a comunidade, rezam, celebram a Palavra e a Eucaristia. Como pessoas inacabadas, buscam amadurecer a fé participando das formações, dos encontros diversos administrados nas Igrejas locais. Eles fundamentalmente deixam-se moldar pela proposta de Deus. Disponíveis à conversão, constroem uma Igreja e entendem Deus não à sua moda; são realmente protagonistas e compreendem que é preciso uma ação conjunta para se salvar e/ou entrar no Reino do Céu. Evidentemente, como pede o evangelho, alguns seguem Jesus até na radicalidade, optando em ajudar as crianças, os jovens, os idosos, à luz da prática cristã baseada pelo princípio da justiça (Lc 13, 19).
Os ministérios e serviços na Igreja são ocupados por mensageiros de culturas e línguas diferentes. Mesmo em um mundo complexo encontram espaços para anunciar a glória de Deus. Evangelizam além do lugar eclesial, para poder transformar a política, a realidade econômica, a cultural, a família, a educação, e outras realidades. “Esses enviados anunciarão às nações minha glória e reconduzirão, de toda parte, até meu santo monte em Jerusalém, como oferenda ao Senhor, irmãos vossos...” (Is 66, 19).
Deus seja louvado pelos ministérios e serviços existentes nas mais diferentes comunidades eclesiais de base! Eles dão um rosto missionário à Igreja e permitem a participação de pessoas generosas. Com co-reponsabilidade, junto com os que assumem o ministério ordenado e a vida religiosa, as lideranças leigas de um jeito ou outro encontram o Caminho, e, ainda, colaboram para que outros possam acertar os passos dos pés (Hb 12, 12).
Contudo, cabe ainda, por parte dos pastores da Igreja, maior abertura e valorização dos ministérios leigos, vendo neles a oportunidade da renovação da caminhada. Por outro lado, a própria comunidade cristã tem de reconhecer o “ouro” que são suas lideranças. Além disso! Carece se conscientizar diante da importante missão que tem dentro da Igreja e do mundo.
Para isto, naturalmente, é preciso desde cedo à busca constante por Jesus. Pois, o encontro com Jesus desperta à vocação do serviço. Evidentemente, este encontro se dá freqüentemente, e é firmado na medida em que é colocado em prática na vida da comunidade, por meio de gestos gratuitos, prestativos, solidários etc.
É compromisso de todos proclamar o Evangelho! Seja, assim, exaltada a vida dos que participam do sacerdócio comum dos fiéis, como discípulos missionários
- Grande senhor, conheço a existência de nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
